Sérgio Free
Nascido em 1981, formado em biologia, com especialização em ecologia de dinâmicas comunitárias, atuou na parte prática de experimentos científicos em florestas tropicais. Ele relacionou seu estudo observacional no pixo às teorias ecológicas da dinâmica comunitária, como o nicho ecológico, a competição e a disputa pelo espaço.
A sua arte é um fenómeno social único porque nos permite mergulhar mais fundo no mundo conhecido para descobrir conotações de ser conhecido. Sua trajetória existencial gira em torno de sua infância no sul da Bahia e de sua mudança para a zona norte da cidade de São Paulo, onde conviveu com o grafite.
A observação do que o cercava na metrópole o levou a criar uma obra diferente. Suas pinturas apresentam, entre outros elementos, um personagem enigmático, um palhaço que fica diante de paredes metálicas e portas cheias de grafites. É nestes registos em que se sobrepõem histórias que a artista cria uma espécie de diário pessoal, uma complexa rede social artística, em que as composições se articulam numa atmosfera que mistura o onírico, através da personagem, com o realismo, através do cenário. , criando uma atmosfera cativante.
Sergio Free cria, em suas imagens, o estudo do universo urbano a partir da experiência de um artista de rua e skatista, numa linguagem cheia de mistério e lirismo, como o urbano, em suas cenas, se torna delirantemente mágico.
“Quando me mudei para São Paulo em 1986, descobri um mundo de valores diferentes daqueles que estavam gravados na minha personalidade. Esse conflito permeou a formação da minha personalidade e me fez ver a beleza do caos, de coisas que muitas vezes não faziam sentido para outras pessoas.” Sérgio Livre diz.