Artista plástica baiana, dedicada à pintura primitivista onde se destacou como pintora ingênua com obras catalogadas e reconstruídas no Brasil e em diversos países. Sua paixão pelas artes começou na adolescência, quando ingressou em grupos de teatro.
Depois, depois de alguns anos, descobriu a pintura ao participar de um curso gratuito no ateliê do artista plástico e escritor baiano Joswilton Lima.
Tania Azevedo é cronista pictórica da vida simples e bela das comunidades rurais da Bahia e das favelas urbanas de Salvador, onde as pessoas se deparam com paisagens com núcleos vivos e brilhantes de arte ingênua representando um mundo ingênuo, livre e miscigenado. Mostra a alegria dos personagens que povoam suas pinturas e nos dá um vislumbre de um mundo que gostaríamos de vivenciar para todos nós.
Seus trabalhos são alegres, coloridos, apreciativos, demonstrando uma visão idealizada da natureza, pois as pessoas ficam felizes realizando suas tarefas diárias ou participando de celebrações, apesar do aparente comportamento desordenado do estilo primitivista.
A estrutura de sua obra se forma a partir do encontro de alguns estilos plásticos. Em cada pintura, à primeira vista, podemos defini-la como arte ingênua por seus núcleos vivos, marcantes, alegres e meticulosamente descritos. Mas, ao mesmo tempo, podemos vê-la como uma arte primitivista, porque é pintada de forma ingénua, instintiva, com aparente ausência de técnicas académicas. Esta combinação de formas na pintura reflecte o facto de a arte ingénua ser um estilo de pintura derivado da arte primitivista, onde a forma autêntica e ingénua de pintar sem conhecimento de técnicas é aprendida na arte ingénua através de núcleos, traços e alguns conhecimentos do académico. Apesar deste estilo misto, a característica predominante da sua obra é, na realidade, a arte ingénua. Suas pinturas são elaboradas, pensadas, trabalhadas como desejam seduzir, mostrar o que desejam através de sua inspiração e convidar o espectador a participar de seu mundo onírico.
Como sua obra, o artista tenta divulgar seu estado e seu país natal, mostrando seu núcleo fresco, vivo, seu povo feliz, contrariando um mundo contemporâneo cada vez mais industrializado, cinzentado e impessoal.